Tumores benignos da anca

Os Tumores Benignos da região da anca sao raros, mas podem ocorrer, sendo dos mais frequentes o osteocondroma, encondroma, quistos ósseos; condromatose sinovial, sinovite vilonodular, quistos sinoviais, lipomas.

Embora benignos estes tumores podem causar sintomas, sejam do próprio tumor, sejam por interferência com as estruturas vizinhas. Ocasionalmente pode representar um risco acrescido de fractura ou de transformação maligna.

Sintomas têm a ver com o tipo de tumor, tamanho e localização, sendo o mais frequente a dor.

Perante a suspeita de um tumor, seria realizados exames, para complementar o estudo, como Rx, TAC e/ou RM.

Tratamento:

A maioria destes tumores benignos  sao assintomáticos e nao representam qualquer preocupação clinica, nao necessitando de qualquer tratamento.

No entanto, quando sintomáticos ou por risco de fractura ou transformação, têm indicação para tratamento, o qual envolve a remoção completa da lesão. Dependendo do tipo, do tamanho e da localização a abordagem cirurgica varia de forma a conseguirmos um tratamento efetivo e seguro. A cirurgia pode ser clássica, aberta ou video-assistida (artroscopia)

No caso de um tumor na região da anca deve discutir com o seu medico a importancia clinica do mesmo. A maioria sao assintomaticos e sem relevancia. Quando há indicação terapêutica deve discutir com o seu médico as alternativas terapêuticas, o tipo de cirurgia quando esta está indicada.

Na Unidade da anca privilegiamos o tratamento Videoassistido, artroscopia da anca ou endoscopia para-articular, para o tratamento destas lesões, desde que garantida eficácia pelo menos igual à cirurgia aberta, conseguindo deste modo uma efectividade com muito menor agressão cirurgica e melhor e mais rápida recuperação.

A Artroscopia da Anca  e Endoscopia do Espaço Peri-Articular é uma técnica avançada e minimamente invasiva utilizada no diagnóstico e tratamento de patologias da articulação da anca e do espaço peri-articular,  permite uma visualização direta e precisa da área afetada através de um endoscópio (câmara) inserido por meio de uma incisão mínima e o tratamento através de uma ou mais pequenas incisões para instrumentos de trabalho. Proporciona várias vantagens em relação à cirurgia aberta tradicional, incluindo:

  1. Visualização direta: permite ao cirurgião uma visualização clara e detalhada da lesao, permitindo a sua identificação, delimitação e exérese. Devem ser enviadas fragmentos para exame de  anatomia patológica
  2. Menor trauma tecidular: esta técnica minimamente invasiva reduz o trauma aos tecidos circundantes, resultando em menos dor, inchaço e tempo de recuperação mais rápido.
  3. Menor risco de complicações: devido à abordagem minimamente invasiva, apresenta um menor risco de complicações, como infecções, hematomas e cicatrizes visíveis.
  4. Tratamento lesões associadas: durante o procedimento, o cirurgião pode realizar intervenções específicas para tratar lesões associadas ou secundarias ao tumor.