Perguntas Frequentes

A prótese da anca é um dispositivo médico usado para substituir a articulação da anca quando esta não cumpre a sua função de forma adequada. É constituída por 2 partes que se articulam: componente acetabular (acetabulo) e componente femoral (haste)

A artrose é uma doença crónica, progressiva em que há deterioração da cartilagem articular e osso subcondral, originando dor, limitação dos movimentos articulares, deformidade e encurtamento do membro. Nos casos mais graves, provoca mau funcionamento da articulação afetada, com dor muito intensa.

A artroplastia total da anca, ou colocação de uma prótese total da anca, envolve a substituição da articulação da anca por uma articulação artificial. Nos dias de hoje, a artroplastia total da anca é um procedimento comum e permite restaurar a mobilidade e aliviar a dor crónica.

O paciente inicia exercícios de caminhada e fisioterapia no dia da cirurgia. Nas primeiras 24 horas esta a caminhar, subir e descer escadas. A recuperação é um processo gradual ao longo de alguns meses. 

O tempo de duração da prótese da anca é variável de paciente para paciente. As próteses da anca de última geração, que utilizamos, apresentam resultados de sobrevida (bom funcionamento) de 80% a 90% aos 20 anos da sua implantação1. Quando é preciso, seja por desgaste, rejeição, infeção, instabilidade ou fractura, esta pode e deve ser substituida parcial ou totalmente.

Depende da atividade profissional. O tempo de baixa varia de 60 a 180 dias.

Quando uma prótese “falha”, seja por desgaste, rejeição, infeção, instabilidade ou fratura, esta pode e deve ser substituída parcial o totalmente.

Deve ser submetido a uma prótese da anca quando é portador de uma patologia da anca (artrose da anca, necrose, reumatismo, fratura,…) que provoca dor intensa e incapacidade, e quando não há outros tratamentos. O momento de fazer uma prótese da anca é determinado sobretudo pelas queixas do paciente. É o paciente que sabe quando precisa ser operado.

Um paciente pode ser submetido a uma prótese da anca em qualquer idade, seja muito jovem ou muito idoso. A opção pela cirurgia é decidida pelo paciente e pelo seu médico, tendo em conta a dor e a perda de qualidade de vida. Qualquer paciente é candidato a esta cirurgia desde que haja perspetiva de melhoria da qualidade de vida e as patologias associadas não impeçam a cirurgia.

Perante um paciente com artrose da anca (coxartrose), com indicação para prótese da anca, deve ser efetuada uma avaliação geral do paciente. Que idade? Outros problemas médicos?  Qual o estado da articulação da anca? Qual a qualidade do osso? Qual a atividade do paciente? Ponderando todas estas variáveis o médico deve escolher a prótese da anca mais adequada ao paciente. Cimentada ou não cimentada. Ressufacing, hastes curtas, longas, anatómicas ou retas. Deve, também, ser ponderada a via de abordagem mais adequada para o paciente (anterior, lateral, posterior).

Na nossa equipa privilegiamos abordagens menos invasivas, preferencialmente a abordagem anterior direta. 

  • Menor dor no pós-operatório
  • Recuperação mais rápida
  • Regresso mais rápido as atividades diárias
  • Menor tempo de Internamento no Hospital
  • Sem limitações de movimentos
  • Cicatriz mais estética
  • Tempo de reabilitação reduzido significativamente

Procuramos um comprimento da incisão curto, entre 8 e 10 cm (cirurgia mini-invasiva). O comprimento desta incisão é variável, devendo ter o tamanho “necessário”, podendo aumentar em casos complicados. A incisão é realizada na parte da frente da perna, perto da virilha. 

Como todo o procedimento cirúrgico, a cirurgia da prótese da anca também tem riscos. Uma prótese é um componente mecânico colocado num organismo biológico. Os riscos são inerentes a estas condições:

  • A prótese pode sofrer desgaste, rejeição, fratura
  • O organismo pode sofrer uma infeção periprotésica, fratura periprotésica, osteólise.

A decisão sobre o tipo de anestesia é tomada entre o doente e o médico anestesista de acordo com o seu estado de saúde. Pode ser uma anestesia geral (“a dormir”) ou uma anestesia regional onde só ficam dormentes as pernas (o doente fica acordado).

Os avanços da medicina com a introdução de novos fármacos muito mais seguros, novos equipamentos, novas técnicas anestésicas e excelente formação do anestesista e das equipas de enfermagem, tem conseguido que atualmente a anestesia seja uma técnica muito segura.

Sempre que possível utilizamos o sistema de encerramento Dermabond® (tela de poliéster flexível e autoadesiva para aproximação e cicatrização.

 

  • Proporciona uma barreira microbiana com proteção 99% eficaz in vitro por 72 horas contra os organismos comumente responsáveis por infecções do sítio cirúrgico (ISC)4*
  • Resistência de retenção da pele significativamente superior aos grampos de pele ou a suturas subcuticulares
  • Redistribui a tensão da ferida para a área de superfície saudável circundante
  • No momento da remoção, o Sistema DERMABOND PRINEO está associado a uma dor inferior aos outros dispositivos de fechamento de ferida
  • A não utilização de pensos pós-cirúrgicos significa mais facilidade nos cuidados pessoais e maior autoconfiança para os pacientes
  • O paciente pode tomar banho imediatamente após o procedimento, se orientado pelo profissional de saúde

O Sistema de Fechamento Cutâneo Dermabond® mostrou fornecer resistência de retenção cutânea estatisticamente maior do que grampos de pele ou sutura subcuticular2*.

Nesta cirurgia há algumas perdas sanguíneas. Habitualmente, não é necessária transfusão de sangue, sobretudo em pacientes abaixo dos 65 anos. No entanto se o paciente tiver uma hemoglobina baixa, patologia cardíaca, pulmonar, uma idade mais avançada ou em casos em que as perdas são maiores, é necessário repor sangue (transfusão).

Claro que sim. Pode ser necessário otimizar este paciente (suplementação com ferro, eritropoetina).

Se se prevê perdas sanguíneas muito grandes, pode ser usado um recuperador de sangue, preservando e reinfundindo o sangue do próprio paciente. 

O levante da cama é realizado entre as 12 a 24 horas de pós-operatório numa cirurgia sem complicações.

Habitualmente os nossos pacientes ficam no Hospital 1 a 3 dias (depende do paciente).

  • 1º dia: cirurgia. Inicia levante. Caminhar
  • 2º dia: retira soros, algalia, drenos. Faz levante, casa de banho e inicia treino de marcha. Alta?
  • 3º dia: treino de marcha e escadas

Vamos subministrar medicação adequada para que o doente se sinta confortável depois da cirurgia. O anestesista e o ortopedista vão avaliar em cada caso qual é a melhor opção para o controlo da dor. No dia seguinte o controlo da dor permite os nossos pacientes começar a caminhar. 

O retorno às atividades desportivas é possível, depende do tipo e da intensidade da atividade desportiva, e geralmente ocorre de 2 a 3 meses após a operação e deve ser discutida com o seu médico.

É importante manter a sua nova articulação em movimento. No entanto, deve retornar às atividades normais gradualmente tendo alguns cuidados. Evite atividades de alto impacto e consulte o seu cirurgião antes de iniciar uma nova rotina de exercícios ou um desporto fisicamente exigente.

Sim. Habitualmente, pode começar a conduzir entre a 3ª e a 4ª semana de pós-operatório.

Sim. Primeiro, quando tudo corre normal, vai sentir que houve uma verdadeira melhoria. Alguns pacientes referem uma sensação ligeira de desconforto, de “algo estranho”.